DISCURSO DE MINHA ORDENAÇÃO SACERDOTAL
10 de setembro de 2011
Boa Esperança do Iguaçú - PR
Boa Esperança do Iguaçú - PR
Como agradecer a bondade do Senhor pelas maravilhas que fez em minha vida? Todas as palavras são insuficientes, no entanto, não posso calar-me. Primeiramente, agradeço a Ele por ter-me criado, ter-me chamado à vida. Que coisa bela e admirável o dom da vida! Ainda mais belo, e por isso também agradeço, o dom de ter-me feito cristão, ter sido regenerado e destinado à plenitude da vida. Agradeço também ao Senhor por, ainda no início da minha vida, ter-me inserido na Igreja Católica, onde subsiste a Igreja de Cristo e, em especial, pela grande Graça de ter sido chamado e iniciado ao sacerdócio do próprio Cristo. Também quero agradecer neste momento, à pessoa de Dom José Peruzzo, por ter sido hoje o meio concreto dessa Graça, recebida pela imposição de suas mãos episcopais, e à Ordem Agostiniana. Olhando para Santo Agostinho, sua vida e história, afirmo que a Providência divina não poderia ter-me colocado em lugar melhor para realizar minha caminhada vocacional. Faço menção e agradeço também a Fr. Carlos, irmão de minha mãe, meu tio, que foi para mim canal da Providência junto aos Agostinianos.
Do mesmo modo, sinto o dever de agradecer e abençoar os que me foram canais dos dons da vida, os que me trouxeram à vida: meu pai, que deixou essa existência tão bela, mas também tão fugaz, tão frágil e passageira, ainda muito jovem, antes mesmo do meu nascimento, chamado por Cristo, vencedor da morte, a uma nova forma de existência ainda mais bela que esta, plena e sem fim. A minha mãe, que assumiu com coragem e força todos os obstáculos e dificuldades de minha criação e completou a tarefa, conduzindo-me, do seu modo, exatamente até aonde deveria conduzir-me.
Por extensão dos meus pais, não posso deixar de agradecer aos pais dos meus pais, meus avós queridos, que tenho a graça de ter ainda comigo. Dona Anita, seu Aquilino, seu Constante, Dona Maria, a vocês, meu muito obrigado.
Também quero agradecer ao esposo de minha mãe, o Zezinho – José - que a exemplo de um outro José, o da Sagrada Família, soube com humildade, na paciência e no silêncio, cuidar e proteger nossa pequena família, não tão sagrada como a outra, a de Jesus. Sua ação, Zezinho, Deus já recompensou concedendo um novo rebento aos 45 anos de minha mãe, meu irmão João Lucas, generosa graça de Deus nascido um ano após eu entrar no Seminário.
Enfim, quero agradecer a todos os que me educaram, meus professores, representados aqui por minha primeira professora, Azenilde (“Tia Nina”, quantas sementes boas você semeou em meu coração!). Agradecer a todos os meus familiares, parentes, confrades, amigos, cujos nomes não citarei para não estender o discurso ou correr o risco de esquecer algum, mas que cada um saiba a importância que tem em meu coração, especialmente aqueles que estiveram mais próximos nas horas difíceis.
Olho com reconhecimento todas as relações, naturais e espirituais, que deram origem, assistência, conforto, consolo, significado a minha pequena existência. Quantos dons, quantas coisas bonitas e importantes, quanta esperança e força eu recebi neste mundo! Agradeço a todos que me fizeram o bem e peço perdão àqueles a quem eu tenha deixado de fazer o bem.
A todos os colaboradores, obrigado! Particularmente às autoridades constituídas deste município, em especial ao prefeito Claudemir Freitas, que está realizando um belo trabalho no município de Boa Esperança do Iguaçu; ao Conselho desta Igreja Matriz, pela boa vontade com que acolheu nossa Ordenação; ao pároco Pe. Niversildo por gentilmente ter-nos disponibilizado sua paróquia para esta celebração.
Por fim, agradeço a todo o Povo de Deus, a quem peço orações para que eu possa servi-lo com humildade e busca de santidade, refletindo a cada um o amor do belo pastor, que é Cristo, para que Deus nosso Pai cuide de todos, sendo Pai através de mim.
A todos e a cada um em particular, meu muito obrigado. Deus os abençoe!
Fr. Leandro Nandi - OAD
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