"O Amor não vê com os olhos, mas com a mente; por isso é alado, e cego, e tão potente.
Nunca deu provas de apurado gosto; cego e de asas: emblema de desgosto.
Eterna criança: eis como é apelidado, por ser sempre na escolha malogrado.
Como os meninos quebram juramentos, perjura o Amor a todos os momentos."
(Sonhos de uma noite de verão - Shakespeare - Ato I, Cena I)
"O Eros necessita de disciplina, de purificação, para dar ao ser humano não o prazer de um instante, mas uma certa amostra do vértice da existência, daquela beatitude para que tende todo nosso ser.
O Amor promete infinito,
mas o caminho para tal meta não consiste em deixar-se simplesmente subjugar pelo instinto,
são necessárias purificações e amadurecimentos, que passam também pela estrada da renúncia.
Isso não é rejeição do Eros,
não é o seu 'envenenamento', como diria Nietszche,
mas a cura,
em vista de sua verdadeira grandeza.
O ser humano torna-se, realmente, ele mesmo, quando o corpo e a alma se encontram em íntima unidade;
o desafio do Eros pode considerar-se verdadeiramente superado, quando se consegue essa unificação."
(PP. Bento XVI - Deus Caritas Est , 6 )
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